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Monografia: Efeito do treinamento resistido na hipotensão pós-exercício em idosos hipertensos


Um dos grandes desafios da Educação Física hoje é atuar preventivamente na comunidade, combatendo o sedentarismo e melhorando a saúde da população, que neste estudo é especificamente a população idosa.


Segundo Safons (2007), o idoso faz parte de uma população que, historicamente, nasceu na metade do século XX e que vivenciou o inicio da industrialização brasileira. Ele representa 8,5% da população total do Brasil, gerando uma demanda para os Sistemas de Saúde, previdenciário e também para toda a sociedade (FERREIRA, 2002).


Chaimowicz (1997), explica que:

Há uma correlação direta entre os processos de transição demográfica e epidemiológica. De um modo geral a queda inicial da mortalidade concentra-se seletivamente entre as doenças infecciosas e tende a beneficiar os grupos mais jovens da população. Estes "sobreviventes" passam a conviver com fatores de risco para doenças crônico-degenerativas e, na medida em que cresce o número de idosos e aumenta a expectativa de vida, tornam-se mais frequentes as complicações daquelas moléstias. Modifica-se o perfil de saúde da população; ao invés de processos agudos que "se resolvem" rapidamente através da cura ou do óbito, tornam-se predominantes as doenças crônicas e suas complicações, que implicam em décadas de utilização dos serviços de saúde. (p. 189)


Quando se fala de perdas, este assunto abrange tanto o lado social e cognitivo, quanto para o lado fisiológico. O envelhecimento está associado a uma série de outras perdas nos níveis antropométricos, neuromotor e metabólico, capazes de comprometer seriamente a qualidade de vida do idoso (MAZZEO et al., 1998).


A população brasileira vem envelhecendo de forma rápida desde o início da década de 60, quando a queda das taxas de fecundidade começou a alterar sua estrutura etária, estreitando progressivamente a base da pirâmide populacional. A sociedade já se depara com um tipo de demanda por serviços médicos e sociais antes restritas aos países industrializados. O Estado, ainda às voltas com os desafios do controle da mortalidade infantil e doenças transmissíveis, não foi capaz de aplicar estratégias para a efetiva prevenção e tratamento das doenças crônico-degenerativas e suas complicações. Em um contexto de importantes desigualdades regionais e sociais, idosos não encontram amparo adequado no sistema público de saúde e previdência, acumulam sequelas de doenças, desenvolvem incapacidades e perdem autonomia e qualidade de vida. (CHAIMOWICZ, 1997)


Em indivíduos maiores de 60 anos a predominância de óbitos relacionados às doenças crônico-degenerativas (neste caso a Hipertensão Arterial Sistêmica) é evidente. Como Liberman (2007) explica, a hipertensão arterial (HA) é uma doença altamente prevalente em indivíduos idosos, tornando-se fator determinante na elevada morbidade e mortalidade dessa população. A HA é reconhecida como um fator de risco maior para acidente vascular cerebral, doença arterial coronária, insuficiência cardíaca e insuficiência renal. Sua prevalência aumenta de forma progressiva com o envelhecimento, sendo maior nos pacientes com 75 anos ou mais de idade, ultrapassando os 70%. Nos idosos, a presença de doença subclínica aumenta de maneira significativa o risco de doença coronária nos pacientes com HA.


Nos últimos anos a hipertensão se tornou um dos principais problemas de saúde pública, constituindo um fator de risco para doenças cardiovasculares. Segundo os dados do Sistema Único de Saúde, no Brasil, em 2003, 28% dos óbitos ocorreram devido às doenças do aparelho circulatório e a incidência de hipertensão arterial encontra-se na faixa de 15-20% das pessoas adultas e 50% da população idosa. Como se não bastasse, a hipertensão ainda é responsável por 40% dos casos de aposentadoria precoce e ausência no trabalho, gerando um forte impacto social e econômico, com um custo de 475 milhões de reais por ano (ZAITUNE, 2006).


No Brasil as taxas de mortalidade vêm sofrendo um decréscimo de forma lenta e persistente, porém é alta quando comparada a outros países. Tal decréscimo gira em torno de 1,2% para homens e 1,3% para as mulheres por ano, isso devido aos programas de parcerias da união com estados, municípios e a Sociedade Brasileira de Cardiologia, com intuito de melhorar a rede de saúde e aumentar a atenção aos portadores dessa patologia. A hipertensão é responsável pelos principais fatores de risco de morbidade e mortalidade cardiovascular, segundo dados do III Consenso Brasileiro de Hipertensão Arterial (KOHLMANN, 1999).

A V Diretriz Brasileira sobre Hipertensão Arterial (REVISTA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, 2006) especifica que, hipertensão ou pressão alta, é caracterizada por um valor de Pressão Arterial (PA) em repouso acima do nível ótimo ou desejado. Tal elevação de pressão pode ocorrer na Pressão Arterial Sistólica (PAS), na Pressão Arterial Diastólica (PAD) ou em ambas.


Atualmente, os exercícios com pesos são recomendados pelas principais entidades formuladoras de diretrizes nacionais e internacionais para compor um programa de treinamento físico para indivíduos hipertensos (REVISTA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, 2006; CHOBANIAN, 2003; PESCATELLO, 2004), principalmente por proporcionar aumentos na força e resistência muscular, influenciando no aumento da capacidade de realizar atividades da vida diária, na atenuação das modificações relacionadas com o envelhecimento e das respostas cardiovasculares ao esforço físico (UMPIERRE, 2007).


Os estudos referentes aos efeitos hipotensores pós-exercício desse tipo de exercício ainda são escassos, especialmente em se tratando de idosos hipertensos (POLITO, 2006; FORJAZ, 2003). Por estar sendo considerada uma epidemia (REVISTA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, 2006), há a necessidade de investigações que colaborem para um melhor entendimento dessa resposta fisiológica, uma vez que podem contribuir para a elaboração de uma conduta prática para o controle da hipertensão arterial.


A importância desta pesquisa sobre o treinamento resistido para o idoso é pelo fato de que não existem muitas pesquisas que discutem a prática de atividade física como um fator não medicamentoso. Quando utilizado corretamente, resulta na hipotensão pós-exercício (HPE), de acordo com a duração e magnitude desse efeito, melhorando a qualidade de vida deste grupo em questão.

Com base nisto, este estudo se apresenta, de acordo com uma pesquisa bibliográfica realizada em bases de dados como Scielo e PUBMED, com estudos datados a partir de 1998 focando idosos hipertensos de ambos os gêneros, com suas características específicas e em seus contextos sócio comportamentais, mostrando a HPE na utilização de métodos do treinamento resistido. Estas pesquisas apontam para a extensão dos estudos nesta área. Com esta monografia, pretende-se acrescentar conhecimento sobre o assunto e colaborar com o aumento do espaço dedicado para o mesmo nas diversas áreas interessadas.


Contudo a proposta deste estudo é investigar os efeitos do treinamento resistido na queda da PA de repouso, analisando sua consequência no aparelho cardiovascular, averiguando sua importância em idosos hipertensos e analisando dados que mostrem uma resposta hipotensora pós-exercício.


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Autor:

David Haluli Sobrinho
Coordenador Técnico - SportingFITT - Soluções em Qualidade de Vida e Bem-Estar - Recife/PE
Tel.: (81)9700-9735
E-mail Comercial: sportingfitt.contatos@gmail.com
Site: http://sportingfitt.blogspot.com
E-mail / MSN: dhalulis@hotmail.com


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