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Fatores neurais no treinamento de força

No treinamento de força que visa hipertrofia, o aumento de força inicialmente ocorre através do Sistema Nervoso Central (SNC) para ativar os músculos solicitados. Algumas semanas após o treinamento de força ter sido iniciado, o aumento dos músculos (hipertrofia), acarretará também o desenvolvimento da força (BADILLO e AYESTARÁN 2001, p. 70).

    "A quantidade de força exercida durante a contração muscular num grupo de músculos é complexa e depende de três fatores principais: 1) a quantidade e os tipos de unidade motora recrutada, 2) o comprimento inicial do músculo e 3) a natureza da estimulação nervosa das unidades motoras." As fibras rápidas exercem maior força específica do que as fibras de contração lenta, portanto os tipos de unidades motoras recrutadas também influenciam na produção de energia (BADILLO e AYESTARÁN 2001, p. 70).

    Um neurônio motor e todas as fibras musculares por ele inervadas, correspondem a uma unidade motora (UM). Quanto mais fibras por UM, maior será a força produzida, sendo que o número de fibras musculares ajuda a explicar porque algumas pessoas desenvolvem mais força e tamanho muscular mais facilmente que outras, o fator genético é que determina o número de fibras do indivíduo. As adaptações neurais no treinamento de força incluem melhor sincronia dos disparos das unidades motoras e maior habilidade de recrutamento de unidades motoras, para permitir que uma pessoa se ajuste a força gerada pela estimulação elétrica (FOX; BOWERS e FOSS 1991, p. 72).

    As contrações musculares para BADILLO e AYESTARÁN (2001, p. 73) se originam devido ao maior recrutamento de unidades motoras, as quais se constituem de um nervo motor (motoneurônio) e de fibras musculares inervadas por esse nervo. Os motoneurônios se estendem para fora a partir da medula espinhal e inervam fibras musculares individualmente. O local onde o motoneurônio e a célula muscular se encontram é denominado junção neuromuscular.

    Os impulsos nervosos ativados pelo SNC, desempenham o papel de recrutar de maneira ordenada mais unidades motoras para a realização do trabalho de contração muscular. Quando um nervo motor é estimulado, o impulso transmitido para as fibras musculares dessas unidades motoras faz com que todas se contraiam ou não O número de unidades motoras envolvidas em uma contração depende da carga imposta ao músculo, e isso se relaciona diretamente com a força produzida, esse fenômeno é conhecido como "Lei do Tudo ou Nada". "Os possíveis mecanismos de adaptação neural com o treinamento de força poderiam se de três tipos: 1) aumento da ativação dos músculos agonistas (músculos que trabalham em conjunto), 2) melhora da coordenação intramuscular e 3) melhora da coordenação intermuscular." (BADILLO; AYESTERÁN 2000, p. 83)

    O sistema nervoso de acordo com WILMORE e COSTILL (2001, p. 88) recebe informações sensoriais, para controlar os movimentos da musculatura esquelética. Estas informações chegam a nível de tensão desenvolvida pelo músculo e uma avaliação do comprimento muscular. Os Órgãos Tendinosos de Golgi (OTG), fornecem informações quanto á tensão que o músculo desenvolve, estes orgãos localizam-se nos tendões e servem como dispositivos de segurança, que controlam a quantidade de força empregada nas contrações musculares.

    Quando a tensão sobre as estruturas internas do tecido conjuntivo e sobre os tendões musculares ultrapassa o limiar dor Órgãos Tendinosos de Golgi neles localizados, os motoneurônios que inervam esse músculo são inibidos. Esse reflexo é definido como inibição autógena. Através do treinamento de força, ocorre uma diminuição da ação inibitória do OTG, resultando no aumento de força devido à ação de mais unidades motoras recrutadas para a realização do trabalho (WILMORE e COSTILL 2001, p. 88).

    O fuso muscular, encontrado em grande parte nos músculos locomotores, conectam-se ao tecido conjuntivo no interior do músculo. O fuso muscular é responsável pelo reflexo do estiramento, em que o estiramento rápido dos músculos ocasiona uma contração reflexa. O fuso muscular envia informações ao sistema nervoso central das alterações do comprimento das fibras musculares, ajustando o comprimento da musculatura através das unidades motoras para manter o grau de comprimento muscular desejado. Pensemos por exemplo, uma pessoa segura um livro com um braço estendido. Subitamente outro livro é colocado sobre o primeiro, então o braço momentaneamente abaixará, os músculos distenderão-se subitamente e o reflexo ajustará a quantidade de força requerida e levará (contração reflexa) o braço à posição inicial (POWERS e HOWLEY 2000, p. 146–147)

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