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A ginástica laboral e a qualidade de vida do trabalhador

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O século XXI será lembrado por muitos acontecimentos e sem dúvida um desses se trata de uma preocupação maior com a qualidade de vida. Há uma atenção especial para os hábitos diários das pessoas e se estes são classificados como saudáveis ou não. Esta discussão visa à redução de hábitos deletérios à saúde e à qualidade de vida, e aumentar a freqüência de hábitos promotores de saúde e de qualidade de vida.

Neste sentido, a qualidade de vida tão evidenciada pela sociedade “moderna” pode estar associada a vários setores da nossa vida, sendo que a satisfação pessoal em cada um desses setores é imprescindível para se adquirir um estilo de vida melhor, envolvendo vários aspectos como: vida pessoal, emocional, profissional, familiar, entre outros.

Nahas (2001) salienta que qualidade de vida é a condição humana resultante de um conjunto de parâmetros individuais e sócio-ambientais, modificáveis ou não, que caracterizam as condições em que vive o ser humano. Desta forma a atenção para as condições de trabalho oferecidas ao ser humano também fazem parte do que Nahas denomina ser qualidade de vida. Sendo assim, um programa de promoção de saúde incluindo ginástica laboral, palestras, informações diversas sobre saúde, pode influenciar positivamente a qualidade de vida do empregado a partir do seu cotidiano laboral, modificando inclusive, seus hábitos até mesmo fora do ambiente de trabalho (MARTINS e MICHELS, 2001).

A partir dessas considerações iniciais, este artigo tem como escopo a qualidade de vida no “setor” profissional/trabalho e traz consigo a visão de totalidade de qualidade de vida, pois por meio da prática da ginástica laboral e da preocupação com os aspectos ergonômicos busca-se melhorar a qualidade de vida, a modificação de comportamento dos funcionários de uma empresa de transporte de mercadorias da cidade de Aracaju – SE, envolvendo aspectos biológicos, físicos, psicológicos e sociais.

Ginástica laboral e seus benefícios ao trabalhador

Independentemente da ocupação, é necessário uma boa mobilidade para a realização das tarefas diárias. Nossas ações são realizadas por meio de um corpo que possibilita diversos movimentos, mas que necessita de um equilíbrio entre a postura (ação da gravidade), a capacidade de contração muscular (força muscular) e a boa flexibilidade (LIMA, 2007).

A prática da ginástica laboral permite um treinamento da flexibilidade o que previne o encurtamento muscular crônico, motivo de queixas de dores musculares por diversos profissionais, além desta voltar-se para o combate dos denominados “vícios posturais”, considerado uma das razões de constantes reclamações por incômodos de origem física por parte dos trabalhadores.

A relação com o outro e com o mundo faz o corpo adotar variadas posturas para satisfazer suas necessidades. Sendo assim, entende-se por postura: atitude que o corpo adota nas suas relações. A postura se dá por meio da ação coordenada de vários ligamentos, ossos e músculos que atuam para manter a estabilidade ou para assumir a base essencial.

Neste caso especificamente a ginástica laboral terá a intenção de compensar os músculos mais utilizados no trabalho (alongando e relaxando) e fortalecer os seus antagonistas. Segundo Kolling (1980 apud SAMPAIO e OLIVEIRA 2008) a ginástica laboral compensatória tem o objetivo de trabalhar os músculos que não estão (ou são utilizados parcialmente) sendo utilizados com freqüência na jornada de trabalho e relaxar os músculos que estão em contração durante a maior parte da jornada de trabalho.

Com a divisão social do trabalho priorizou-se cada vez mais movimentos e esforços físicos repetitivos o que ocasionou o surgimento de doenças e lesões cada vez mais comuns na classe operária. Desta forma, tornou-se necessário a Ginástica Laboral nas empresas seja ela preparatória ou compensatória, pois, é comprovado cientificamente que a sua prática previne lesões, distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho, orienta uma melhor postura diante das tarefas desempenhadas, maior preocupação com o estilo de vida através de conversas sensibilizadoras prevenindo doenças por meio da informação/intervenção.

É importante ressaltar que os benefícios provenientes da prática da Ginástica Laboral caminham de mãos dadas com os fatores ergonômicos de uma empresa. Se há uma orientação postural na aula, esta deve ser materializada no momento do trabalho, com o ajuste da cadeira à anatomia do corpo do funcionário, manusear os equipamentos de forma e postura corretas, alternar posições sentadas ou em pé contribuindo positivamente com a circulação sanguínea, o ambiente ser arejado/iluminado, são elementos auxiliares na busca de um estilo de vida saudável no ambiente do trabalho e fora dele, incorporando essas novas atitudes na rotina diária.

A prática da Ginástica Laboral também contribui para a melhoria da integração, permitindo maior socialização, já que esse é um momento de descontração tornando a relação menos formal. Paralelamente, a prática da Ginástica Laboral desperta o bom humor, a simpatia, melhora a disposição para o trabalho, conseqüentemente aumento na produtividade e melhor atendimento ao cliente.

Um estudo realizado por Militão (2001) com funcionários do setor administrativo de duas empresas da cidade de Florianópolis, onde a ginástica laboral era orientada por um profissional de Educação Física mostrou que 48,2% dos funcionários responderam que no tocante a integração, houve uma melhora no relacionamento, o grupo ficou mais unido, além de uma sensação de bem estar e melhora do ânimo gerando maior disposição para o trabalho.

De acordo com Polito e Bergamaschi (2006), no processo de conduta humana a auto-estima tem papel fundamental, uma vez que praticamente tudo o que se manifesta no ser humano, seja no plano físico, mental ou espiritual, está ligado a ela. Quando se vive em um ambiente de pressões, cobranças, os acertos não são valorizados, reconhecidos, certamente a auto-estima e a auto-confiança serão abaladas.

O corpo somatiza todo esse bombardeio de fatores e cobranças e vai acumulando tensões, que muitas das vezes resultam em fortes dores musculares que acompanham o indivíduo durante sua rotina diária, o comportamento também sofre mudanças, sensações desconfortáveis são causadas pelo estresse.

O Brasil tornou-se o segundo país com o número maior de pessoas estressadas, perdendo somente para o Japão. Estudos constataram que o estresse é maior por conta do trabalho no tocante as longas jornadas e a insatisfação com a ocupação laboral, na qual esta situação influi diretamente na qualidade de vida do sujeito (Reportagem do programa Globo Repórter).

A prática da ginástica laboral tem atuação importante diante dessas situações, pois, visa proporcionar relaxamento do corpo, reduzindo as tensões acumuladas, diminuindo o estresse, acalmando os pensamentos de cobranças e tarefas, permite momentos de um “cuidar-se melhor”, elevando a auto-estima dos funcionários, deixando-os mais confiantes, motivados, dispostos e concentrados para o trabalho.

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