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Plano de Aula: Saúde e Atividade Física


Nunca se falou nem se soube tanto sobre saúde como na atualidade. Só que, muitas vezes, as informações são contraditórias ou incompreensíveis. Por um lado, temos uma indústria do alimento que vem lucrando como nunca; do outro, a indústria da beleza, também faturando. O que é verdade? O que de fato é saudável?

Para discutir a questão da saúde, pode ser bastante interessante entender o funcionamento de parte do nosso corpo. A maioria dos livros didáticos tem uma tendência a abordar o corpo humano por sistemas, isto é, apresenta o corpo em pedaços. É fundamental mostrar ao aluno que os sistemas são divididos apenas por uma questão de facilidade didática, mas que funcionam em conjunto, como uma unidade. Juntamente com o professor de Educação Física, leve seus alunos a observar as variações do organismo em situações diferentes e, a partir dos dados coletados, a levantar hipóteses para explicar as observações.

Objetivos

Ser uma pessoa crítica em relação às informações veiculadas na mídia e em relação às escolhas pessoais sobre saúde é um objetivo importante e nobre, mas esse é apenas o primeiro passo para uma compreensão ampla do tema. A coleta e o tratamento de dados (construção de tabelas e gráficos) são habilidades bastante importantes e desejadas para a melhor compreensão do funcionamento das Ciências da Natureza, assim como o levantamento de hipóteses.

Mais diretamente, o objetivo desta atividade é entender o funcionamento de alguns sistemas e como eles interagem entre si em situações conhecidas do aluno.

Conteúdo

Fisiologia humana/ sistemas respiratório e circulatório

Ano

8º e 9º

Tempo estimado

Duas aulas para a coleta de dados e mais duas para as discussões

Material necessário

A situação ideal exigiria um espaço amplo para a prática de atividades físicas, colchonetes, e cronômetros. Mas algumas adaptações podem ser feitas visando realizar as atividades na própria sala de aula.

Os professores de educação física conhecem muito bem os procedimentos para medidas de freqüência cardíaca e a organização e a escolha de atividades físicas mais adequadas para cada objetivo. Apesar das sugestões desta aula, uma boa conversa entre as áreas para planejar as atividades enriquecerá em muito a coleta de dados .

Desenvolvimento

Medindo a freqüência cardíaca de repouso: peça aos alunos que identifiquem em que parte do corpo conseguem perceber seus batimentos cardíacos (têmporas, pescoço, pulso ou peito) e que procurem uma posição confortável, de preferência deitados sobre um colchonete.

Em seguida, instrua-os a contar os batimentos durante 10 segundos (pode ser feito em conjunto, com o professor cronometrando, ou em duplas, sendo que um aluno cronometra enquanto o outro fica em repouso e depois trocam de papéis) e calcular os dados para o período de um minuto (basta multiplicar por seis). Esse procedimento será repetido mais duas vezes, para que se determine o valor da freqüência média de repouso de cada aluno.

Atividades físicas

Os alunos deverão ser submetidos a diferentes atividades físicas após as quais farão contagens das freqüências cardíaca e respiratória. As contagens serão repetidas após um minuto e após três minutos do término da atividade física. Os valores, bem como as observações do estado geral (cansaço, vermelhidão, suor, dores musculares, tonturas) deverão ser organizados em uma grande tabela.

As sugestões de atividades físicas são: trotar durante três minutos, caminhar durante 3 minutos, fazer um tiro (uma certa distância no menor tempo possível) e uma atividade muscular, como banco sueco ou polichinelo. Nesse momento, os professores de Educação Física podem ajudar novamente, pois conhecem o desenvolvimento e a limitação dos alunos e sabem, melhor que ninguém, as condições físicas dos alunos e quais as atividades que permitirão uma coleta adequada de dados sem oferecer nenhum risco aos alunos.

Avaliação

Além de poder avaliar os conteúdos de procedimentos e atitudes, nas várias etapas, o professor poderá avaliar a capacidade dos alunos de coletar e de organizar dados experimentais, a habilidade de interpretá-los e de relacioná-los e, por fim, de argumentar, uma vez que todos deverão propor explicações para as variações encontradas.

Espera-se que as atividades de grande esforço em curto espaço de tempo (tiro, polichinelo) e esforço mediano durante algum tempo (correr) aumentem as freqüências, que deverão apresentar valores mais baixos conforme cessa a necessidade de energia, isto é, após o encerramento da atividade física. Baseando-se nesses resultados, as hipóteses para explicar essas variações devem ser defendidas.

Será interessante trabalhar em duplas, com um cronometrando e o outro se exercitando, e depois inverter os papéis; além disso, as trocas de opiniões podem enriquecer a proposta. A partir daí, podem se seguir aulas expositivas apresentando o funcionamento dos sistemas circulatório e respiratório. No final, peça aos alunos que confrontem seus novos conhecimentos com as hipóteses levantadas, reescrevendo, se necessário, o produto inicial.

Se não contar com um bom espaço, trabalhos musculares que possam ser feitos em pouco espaço (abdominais, flexões) são uma boa saída. Outra boa ampliação é pedir a elaboração de gráficos sobre recuperação, usando os valores obtidos (repouso, término da atividade, após um minuto, após três minutos). O mais importante é verificar se as hipóteses dos alunos relacionam as várias observações, inclusive a presença de suor e a vermelhidão, com argumentos lógicos, e se são capazes de reelaborar, se necessário, sua explicações.

Marcos Engelstein
é mestre em biologia, professor do ensino fundamental e assessor de ciências.




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