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A aprendizagem da Educação Física Escolar

Boas memórias da aula de educação física diminuem o risco de sedentarismo |  Veja Saúde


A Educação Física, apresenta como característica própria da área a possibilidade da construção de conhecimentos sobre a cultura corporal, envolvendo movimentos, gestos e expressões, extrapolando qualquer recurso calcado apenas na palavra do professor, levando o aluno à prática, o que é certamente, o meio que no nosso entender mais se aproxima do ideal. MATTOS (p.17.2000)

No entanto, há determinadas considerações que evidenciam que o ensino não pode estar limitado a um padrão de intervenção homogêneo e idêntico para todos os alunos. A prática educativa é bastante complexa, pois o contexto de aula traz questões de ordem afetiva, emocional,cognitiva, física e de relação pessoal. A dinâmica dos acontecimentos de uma aula é tal que, mesmo planejada, detalhada e consistente, dificilmente ocorre conforme o imaginado.Olhar, tom de voz, manifestação de afeto ou desafeto e diversas variáveis interferem diretamente na dinâmica anteriormente prevista.

A ênfase na autonomia condiciona a opção por uma proposta de trabalho que considere a atividade do aluno na construção de seus próprios conhecimentos, valorize as suas experiências, seus conhecimentos prévios e a interação professor-aluno e aluno-aluno, buscando essencialmente a passagem progressiva de situações dirigidas por outrem a situações dirigidas pelo próprio Aluno.

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A aprendizagem de determinados procedimentos e atitudes é essencial na construção da autonomia intelectual e moral. Planejar a realização de uma tarefa, identificar formas de resolver um problema, saber formular boas perguntas e respostas, levantar hipóteses e buscar meios de verificá-las, validar raciocínios, saber resolver conflitos e cuidar da própria saúde, dentre outras situações,são procedimentos e atitudes que compõem a aprendizagem escolar, ou seja,o professor pode criar situações que auxiliem os alunos a se tornarem protagonistas da própria aprendizagem.

Podemos instigar a curiosidade e o espírito de pesquisador de nossos alunos, em momentos do cotidiano da sala de aula, não respondendo de pronto as suas indagações e sim os incentivando a buscar as respostas com outros professores, livros,arquivos,retornando o debate e esclarecimentos no encontro seguinte. Dessa forma o aluno constrói seu conhecimento partindo de várias referências e não de uma referência única e inquestionável: O professor.

A resposta pronta, embora"mais fácil" naquele momento, impede o processo de aprendizagem individual do aluno, encontrando, exclusivamente no professor, as soluções para as suas dúvidas.Neste caso, o aluno não aprende a aprender, é um elemento passivo da aprendizagem. O professor por outro lado, responderá a mesma questão diversas vezes, fato que se repetirá infinitamente ao longo do período letivo. O posicionamento de estímulo à pesquisa individual proporcionará a adoção de uma postura de sujeito da aprendizagem, contribuindo, sobremaneira,na formação de educandos.

O desenvolvimento de um comportamento autônomo depende de suportes materiais,intelectuais e emocionais. Para a conquista da autonomia é preciso considerar tanto o trabalho individual quanto o coletivo- cooperativo. O individual é potencializado pelas exigências feitas aos alunos no sentido de se responsabilizarem por suas tarefas, pela organização e pelo envolvimento com o tema de estudo.

A importância do trabalho em grupo está em valorizar a interação aluno-aluno e professor –aluno como fonte de desenvolvimento social,pessoal e intelectual.Situações de grupo,exigem dos alunos a consideração das diferenças individuais,respeito a si e aos outros e trazem contribuições e cumprimento das regras estabelecidas.Essas são atitudes que propiciam a realização de tarefas conjuntas.Para tanto,é necessário que as decisões assumidas pelo professor auxiliem os alunos a desenvolver atitudes e procedimentos adequados a uma postura de educandos, que só será efetivamente alcançada através de investimentos sistemáticos ao longo de toda a escolaridade.

Tem-se experimentado essa atuação coletivo-cooperativa na conquista da autonomia nas aulas de Educação Física da seguinte forma:em um bloco de aulas cujo tema seja a elaboração de jogos utilizando um ou mais fundamentos esportivos, (arremesso, drible, bandeja,passe) os alunos, distribuídos em pequenos grupos, elaboram um jogo,registrando-o.Em um segundo momento, passa-se à apresentação dos jogos elaborados. O grupo-classe, agora conhecedor de todas as propostas, decide democraticamente a ordem de colocá-las em prática. Assim, proporciona-se aos alunos a vivência de conceitos como co-responsabilidade na elaboração e planejamento das atividades, decisões coletivas e o respeito às regras e normas para vivência em sociedade, garantindo o movimento na aula de Educação Física.

A proposição pelo professor de atividades de complexidade progressiva leva a uma necessidade de organização mental por parte do aluno. Constantes desafios aos alunos provocam desequilíbrios que precisam ser resolvidos e é nessa necessidade de voltar ao equilíbrio que ocorre a construção do pensamento.

Na discussão de uma proposta de atividades físicas entre os alunos, o professor adotará a postura de coordenador dos debates, questionando o grupo de forma a favorecer o aproveitamento de respostas que sejam oriundas de reflexões individuais e coletivas.Os alunos serão estimulados a explicar as suas posições e ações e essa explicação far-se-á no sentido de atribuir-lhes um significado.Isto permite ao aluno o questionamento de condutas e valores do grupo e de si próprio.

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Dependendo da estrutura organizacional, social, filosófica e econômica da instituição na qual o professor está engajado, esta poderá a vir influenciá-lo não só nas suas atitudes pedagógicas, mas também nas suas reflexões e idéias sobre a educação em geral. Estas interferências tornam-no, muitas vezes, descompromissado com o ato educativo, afastando-o de discussões e implantações de abordagens inovadoras para uma melhoria significativa da educação.
"Sendo o corpo, ao mesmo tempo, modo e meio de integração do indivíduo na realidade do mundo, ele é necessariamente carregado de significado. Sempre soubemos que as posturas,as atitudes, os gestos e, sobretudo,o olhar exprimem as tendências e pulsões melhor do que as palavras, bem como as emoções e os sentimentos da pessoa que vive em uma determinada situação,em um determinado contexto".MATTOS E NEIRA (p.28.2000)

O professor deve cumprir o seu papel de mediador, adotando a postura de interlocutor de mensagens e informações, sendo flexível no tocante às mudanças do planejamento e do programa de curso, mostrando aos alunos que aquele é o espaço de aprendizagem e procurando entender e aceitar as relações corporais existentes no mundo humano para o bom desempenho do seu papel de educador.



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