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Modificações hormonais do Exercício

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Dentre os efeitos fisiológicos do exercício físico, um importante ponto refere-se à interferência na secreção de alguns hormônios. Os hormônios que têm sua secreção alterada pelo exercício e que podem interferir nos componentes da síndrome metabólica são: o hormônio do crescimento, as catecolaminas, o glucagon, a insulina, a endorfina e, em alguns casos, a leptina. Cada um será discutido separadamente abaixo.

Hormônio de Crescimento

O hormônio do crescimento (GH), além de ser um potente agente anabólico, estimula diretamente a lipólise (7,8,10). Suas concentrações encontram-se elevadas durante o exercício, sendo que, quanto mais intenso for o exercício, maior a quantidade liberada deste hormônio (7,8).

Como o GH pode promover a lipólise, realizar exercícios regularmente que aumentam sua taxa de secreção pode contribuir para diminuição da obesidade, que é um dos componentes da síndrome metabólica. Comprovando isso, Wee et al 11 demonstraram que o hormônio do crescimento aumentou a lipólise no período de recuperação em homens moderadamente treinados, jovens e idosos, após exercício a 70% do VO2máx.

Catecolaminas

Os níveis plasmáticos de catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) aumentam de maneira diferenciada durante o exercício, com a concentração de noradrenalina aumentando acentuadamente em taxas de trabalho superiores a 50% do VO2 máx, enquanto a concentração de adrenalina só irá aumentar significativamente quando a intensidade do exercício ultrapassar 75% VO2 máx.

A atuação em conjunto destes dois hormônios promove, entre outros efeitos, o aumento da taxa metabólica, da liberação de glicose e de ácidos graxos livres no sangue (8), sendo que o aumento no gasto energético é positivo no combate à obesidade.

Glucagon e Insulina

No exercício, à medida que os níveis plasmáticos de glicose no sangue vão diminuindo, ocorre estimulação da glicogenólise hepática pelo aumento gradual da concentração plasmática de glucagon (7,8).

Fernández-Pastor et al (12) demonstraram que, quanto maior a duração do exercício, maior a liberação de glucagon, sendo que, em exercícios moderados de curta duração, observa-se diminuição nos seus níveis plasmáticos.

O efeito do exercício na concentração de insulina é o contrário do que ocorre com o glucagon, estando suas concentrações diminuídas no período de atividade. Os fatores que podem levar à diminuição da insulina são o aumento da velocidade de transporte de glicose para dentro das células musculares, a ação das catecolaminas e a liberação de glucagon (13).

A diminuição dos níveis de insulina é proporcional à intensidade do exercício, sendo que, em exercícios prolongados, ocorre um progressivo aumento na obtenção de energia proveniente da mobilização de triacilglicerois (7,12).

Desta forma, o exercício torna-se importante por facilitar a captação de glicose e diminuir os níveis de insulina, sendo positivo para o indivíduo portador de diabetes.

Endorfinas

As endorfinas são um tipo de opióide liberado durante o exercício. Elas estão relacionadas à maior tolerância à dor, ao controle do apetite, à redução da ansiedade, da raiva e da tensão. No exercício aeróbico, a intensidade é o principal fator que estimula as elevações dos níveis plasmáticos de beta-endorfina. Já no exercício de resistência, sua liberação varia com o protocolo, sendo que maior duração e maiores intervalos de repouso entre as séries promovem melhores resultados (7).

Constata-se que há efeitos positivos para a síndrome metabólica com a liberação de endorfinas pelo exercício. No entanto, altas cargas de treinamento podem gerar distúrbios menstruais por inibição da gonadorelina hipotalâmica, provocada pelos opióides (14).

Leptina

A leptina está relacionada à regulação da saciedade, taxa metabólica e massa corporal. Sua secreção é realizada em maior parte pelo tecido adiposo, porém, pode ser secretada em menor quantidade pelo músculo esquelético, epidídimo mamário, placenta e cérebro (15).

Uma sessão de exercício não afeta a concentração plasmática de leptina em homens e mulheres saudáveis, sendo que as modificações ocorridas podem ser atribuídas à hemoconcentração ou às variações no ritmo circadiano (16).

Com relação à intervenção nos níveis de leptina decorrente dos efeitos crônicos do exercício, não há consenso na literatura, com trabalhos demonstrando que o exercício diminui sua concentração (17,18) e o outros indicando que não há alteração (19,20).

As modificações hormonais decorrentes da prática de exercícios podem ter importantes contribuições no tratamento e prevenção da síndrome metabólica, uma vez que podem atuar nos seus diferentes componentes.

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