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A cultura corporal na Educação Física Escolar



O termo cultura é muito amplo, abrange múltiplos significados, no contexto social é utilizado para especificar, dar sentido a algum termo: cultura familiar, regional, religiosa, alimentar, artística, estética, esportiva, lingüística, corporal, etc. Hábitos que são incorporados por indivíduos inseridos em um grupo social, costumes repassados de geração para geração, que servem para identificar, caracterizar, aquilo que é próprio de um determinado grupo. Compreende-se cultura como um conjunto de conhecimentos adquiridos. Pode-se dizer que é o desenvolvimento da instrução mais apurada sobre determinado assunto e esse entendimento possibilita contextualizar o saber.

A educação física deve ser compreendida como uma disciplina que introduz e integra o aluno na Cultura Corporal do movimento, alinhando-se aos objetivos educacionais, facilitando e promovendo a educação do corpo e movimento para a diversidade, formando o cidadão que vai reproduzi-la e transformá-la, instrumentalizando-o para usufruir dos jogos, dos esportes, das danças, das lutas e das ginásticas em benefício de sua qualidade de vida e consequentemente contribuindo com o desenvolvimento do indivíduo nas demais disciplinas, porque, se o ser humano possui uma prática de atividade física saudável, poderá contribui para o desenvolvimento moral, social e cultural através da interação com seus pares, o que permite o mesmo reconhecer-se no meio, possibilitando ao aluno desenvolver valores como respeito mútuo, confiança e muitas outras características fundamentais para o desenvolvimento integral do indivíduo.

A educação física na escola tem alguns conceitos já formados, estabelecidos, por parte de educadores da área e de outras áreas, de pais e educandos, sobre sua prática pedagógica e conhecimentos que devem ser explorados/desenvolvidos nesta disciplina e até mesmo a forma de fazê-los. A cultura do jogar, do competir, do atleta escolar, do padrão de corpo, das atividades que exploram só o físico, etc. Essa "cultura educacional", desenvolvida e fomentada na educação física escolar, por alguns professores da área é, por vezes, responsável por alguns conflitos entre educadores, que ao pensarem de forma diferenciada não exploram "essa cultura" em suas aulas, gerando em alguns contextos escolares a falta de reconhecimento da disciplina, devido a não adotar essa concepção essencialmente prática. Vale aquela prática que produz indivíduos aptos a competirem em uma ou mais modalidades esportivas, de modo a representarem à escola na qual estão inseridos. Essa visão restrita direcionada para o esporte, para a formação de atletas, ou aquela visão enfocada no "fazer pelo fazer", passada para a sociedade em geral, levam a uma compreensão equivocada do sentido pedagógico que a disciplina deve ter no referido contexto.

Daí a vincular Educação Física a formação de atletas escolares, para aqueles que reúnem as condições (físicas e motoras, principalmente) que possibilitem torná-lo um competidor potencial, ou vinculá-la a prática pela prática, para aqueles menos privilegiados, "desprovidos das condições necessárias à formação de um atleta", restando-lhes, nesta perspectiva, o desenvolvimento de atividades sem qualquer contexto. Entre outras concepções pedagógicas que fazem parte do atual cenário da Educação Física.

Como tornar claro, para a sociedade, o conhecimento de que trata a disciplina, se para os próprios educadores isto ainda é confuso, ou ainda pior, por alguns nem sequer é questionado?

Cada educador trata este conhecimento com base em concepções próprias. Se considerarmos que, durante o ensino fundamental o educando passa por diferentes professores e concepções por eles adotadas (cultura física, de movimento, de competição, etc.). A produção de conhecimentos ao longo deste processo, fará com que o indivíduo construa, com base em suas vivencias, um entendimento sobre o assunto, o qual poderá se alterar, dependendo das relações que este indivíduo vai estabelecer ao longo de sua vida.

Construir esse conhecimento sobre a cultura corporal, implica oportunizar ao indivíduo vivenciar de forma crítica, participativa, e acima de tudo reflexiva, a diversidade da cultura corporal (dança jogos, recreação, esporte, ginástica, etc.). Através das relações que o indivíduo estabelece entre essas vivências e destas, com outros saberes que adquire, torna-o capaz de apropriar-se da cultura corporal a ser desenvolvida na prática pedagógica escolar.
 


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