O Papel do Lactato no Emagrecimento: Ciência Aplicada ao Treino
Quando o assunto é emagrecimento com exercício físico, é comum ouvirmos falar de “queima de gordura”, “intensidade ideal”, “zona alvo de frequência cardíaca”... Mas um elemento pouco discutido — e extremamente relevante — é o lactato.
Sim, aquele mesmo composto que muita gente ainda associa com “dor muscular” é, na verdade, um poderoso marcador de estímulo metabólico, capaz de aumentar o gasto calórico, promover respostas hormonais e acelerar o emagrecimento.
O que o lactato tem a ver com emagrecer?
Durante o exercício intenso (como o HIIT, por exemplo), o corpo produz grandes quantidades de lactato. Esse acúmulo está ligado a:
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Aumento da secreção de GH e noradrenalina, hormônios que favorecem a mobilização de gordura;
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Estímulo da oxidação de gordura no pós-exercício (EPOC);
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Recrutamento de fibras rápidas, que têm maior custo energético para recuperação.
Ou seja, quanto mais lactato você produz no treino, maior será o impacto metabólico após o treino — o famoso efeito “afterburn”.
Lactato e EPOC: a chave do gasto calórico prolongado
EPOC significa Excess Post-exercise Oxygen Consumption. Em bom português: o corpo continua gastando mais oxigênio e calorias por horas após o treino para reestabelecer o equilíbrio interno.
Treinos que elevam o lactato são os que mais ativam o EPOC, como:
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Treinamentos intervalados de alta intensidade (HIIT);
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Circuitos com carga e pouco descanso;
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Sessões curtas e densas.
Um estudo de Laforgia et al. (2006) mostrou que o EPOC após 30 minutos de HIIT com acúmulo de lactato pode durar até 14 horas — um impacto enorme para o emagrecimento.
Como organizar treinos que otimizem esse processo?
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Treinos curtos e intensos: 20 a 30 minutos bem planejados com alta intensidade;
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Intervalos controlados: pausas entre 15 e 45 segundos aumentam o acúmulo de lactato;
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Exercícios multiarticulares: como agachamento, burpee, thruster e kettlebell swing;
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Monitoramento do esforço: use a percepção subjetiva de esforço (8 a 9 na escala de Borg) para garantir intensidade adequada.
Lactato + Emagrecimento: mais do que calorias, é estímulo hormonal
O emagrecimento não depende só de déficit calórico. Ele depende também do ambiente hormonal e metabólico criado no corpo. E o lactato é um dos gatilhos naturais mais eficazes para esse cenário.
Com treinos estruturados que aumentem a produção de lactato, seu aluno:
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Gasta mais calorias durante e após o treino;
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Melhora o metabolismo da gordura;
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Aumenta a sensibilidade à insulina;
Constrói massa magra, que é metabolicamente ativa.
Conclusão
Se o seu objetivo é promover emagrecimento de forma científica, segura e com resultado de verdade, entender o papel do lactato é fundamental. Ele não é apenas um marcador de esforço: é um agente ativo da mudança corporal.
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