quarta-feira, 29 de abril de 2020

Combate ao Sedentarismo Infantil


Tudo sobre obesidade e sedentarismo infantil
A preguiça é a mãe do progresso. Se o homem não tivesse preguiça de caminhar, não teria inventado a roda. Essa frase do poeta Mário Quintana é daquelas tão boas, tão geniais, que chegam a ficar óbvias depois de um tempo. Mário nasceu em 1906. De lá pra cá, a sociedade progrediu muito, se espreguiçou muito e, no final das contas, ficou praticamente parada. Um movimento internacional chamado Designed To Move (Desenhado Para Se Mexer) quer chamar a atenção do mundo antes que seja tarde. E aposta na força das estatísticas pra reverter esse quadro.

Muito se fala de como essas novas gerações são sedentárias. De como elas deixam de jogar bola, de brincar de amarelinha, de pular corda, pra ficar no quarto jogando videogame, afundados no smartphone, enterrados na internet. Ok, todo mundo vê que isso acontece, mas talvez falte um pouco de embasamento técnico e teórico para comprovar essa tendência. Talvez falte estatísticas. Que tal essa? As crianças de 10 anos de agora são a primeira geração da História que devem viver menos que seus pais.

De acordo com um relatório organizado pelo projeto, essa geração irá viver 5 anos a menos por causa do sedentarismo. Nesse vídeo (todo em inglês, mas com participação de uma menina brasileira), crianças dizem o que fariam com esses 5 anos a mais. O resultado é bem emocionante e dá vontade de sair por aí pegando a criançada pela mão e levando pra uma partida de queimada na praça.
Em menos de duas gerações, o nível de atividade física da população do Reino Unido caiu 20%, nos EUA esse número sobe para 32%. A China, país que mais cresce em termos econômicos, também é campeã do sofá: em apenas uma geração, o sedentarismo cresceu 45%. Resultado: em 2012, 5 milhões de pessoas morrerão por causa do tabagismo. Adicione mais 300 mil seres humanos mortos e você terá o número de óbitos causados pela falta de atividades físicas. Em 2020, os americanos irão se exercitar tão pouco que a diferença entre dormir 24 horas ou manter as atividades cotidianas durante o dia será ínfima.


A falta de acesso à informação e os meios deficientes do sistema público de saúde na detecção e tratamento da obesidade infantil só colaboram para agravar ainda mais a situação. O acesso cada vez mais facilitado aos planos de saúde, entretanto, é uma ferramenta poderosa a favor da saúde infantil.

O principal prejuízo é financeiro, mas quando estamos falando de um movimento global, que pretende mudar o hábito de centenas de milhões de pessoas, é preciso fazer o pessoal sentir no bolso. Então vamos lá. Em 2008, os EUA gastaram 147 bilhões de dólares para combater problemas relacionados ao sedentarismo. Essa cifra é duas vezes maior que o orçamento para educação no país. Na China, foram 20 bilhões. Aliás, não é coincidência que 92% das crianças chinesas não façam nenhum tipo de atividade física fora da escola.

Boa parte das soluções propostas pelo relatório passam pela escola. Reforçar sempre a importância da educação física é necessário, mudar a mentalidade da criançada é essencial. O Designed To move propõe que a ideia de derrtoado/vencedor só atrapalha, a saída é focar no melhor de cada um. Não há como ignorar o fascínio provocado pelos gadgets, cada vez mais intuitivos e mais fáceis de serem usados por crianças, até bebês. A solução, então, é levar as inovações digitais pra dentro do esporte, evitando a inútil competição entre tecnologia e atividade física. Facilitar o acesso à quadras e praças também é uma das propostas listadas no relatório. Para conferir a íntegra do documento, clique aqui
Quanto mais o país enriquece, mais sedentário fica – no Brasil, a obesidade infantil aumentou 3 vezes nos últimos 20 anos. Talvez por causa de dados como esse, nosso país tem voz ativa no movimento. O Ministério do Esporte, a Universidade de São Paulo e até o SESC (Serviço Social do Comércio) estão engajados na causa que tem até Bill Clinton dando como um de seus apoiadores. A lista de envolvidos é enorme(e você pode fazer parte dela!), mas quem assina o relatório é a Nike, o American College of Sports Medicine (Organização Americana De Medicina Esportiva) e o International Council os Sport Science And Physical Education (Conselho Internacional de Ciência Esportiva e Educação Física).

Os exercícios durante a fase de crescimento de qualquer ser humano são fundamentais. Eles continuam sendo importantes em todas as fases da vida, mas é na juventude que são formados os hábitos mais arraigados e também são iniciados problemas de saúde que podem ser tornar graves com o passar do tempo. Diabetes, doenças cardiovasculares, atrofia das fibras musculares, comprometimento de vários órgãos e perda de flexibilidade articular são apena alguns dos males associados ao aumento de peso nessa faixa etária.

Publicado em 25/10/12 e revisado em 29/04/20

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quarta-feira, 15 de abril de 2020

4 jogos para usar a Esgrima na Escola



Esporte de combate é aquele em que duas pessoas duelam, lutam entre si, mas com regras bem estabelecidas para a devida proteção. São exemplos de esportes de combate: o boxe, as artes marciais e a esgrima.

Abaixo, darei 4 exemplos de atividades para se usar a esgrima.

Esgrima - Agilidade de ataque

Já com todos em duplas, um em frente ao outro, peça para um aluno encostar o pé direito no pé direito do colega e a palma da mão direita na palma da mão direita do colega. O objetivo é encostar no ombro do colega apenas com a mão esquerda. Depois, experimente também com mãos e pés esquerdos. Essa atividade trabalha a agilidade de ataque.

Adaptação - Deficiência física

Nessa etapa é possível dividir a classe em dois grupos com funções distintas. Um deles faz a atividade completa e o outro fica sentado, treinando só com os membros superiores.

Esgrima - Defesa e os golpes iniciais

Metade da turma deve formar um círculo, deixando os demais dentro dele. Os que estão formando o círculo não podem sair do lugar, e o objetivo de quem está dentro é tocar no ombro de quem está parado. Quem for tocado troca de lugar com quem tocou. Os alunos poderão se proteger utilizando as mãos e evitando ser atingidos.

Adaptação - Deficiência física

Para alunos em cadeira de rodas, com mobilidade nos membros superiores, por exemplo, é possível realizar as atividades com todos sentados, como ocorre nos Jogos Paraolímpicos. O grupo todo pode colaborar com sugestões de como incluir o colega nessa atividade.

Esgrima - Luta imaginária

Agora, a dupla deve estabelecer uma pista de luta imaginária de mais ou menos 5 metros. Dê para cada um uma bola de tênis. Cada um fica de um lado dessa pista e deve encostar a bola em um local determinado do corpo do outro. É importante que a turma estabeleça as regras de toque em conjunto e que fique atenta a elas ao longo da luta. Uma possibilidade de pontuação: ao tocar (ou ser tocado), o aluno deve parar imediatamente e voltar para o seu lado, começando o jogo de novo. Também defina com a turma o número de toques que deverão ser dados para depois trocar de dupla. Outros materiais podem ser utilizados, como o giz branco (se os alunos usarem camisetas pretas), o giz colorido (se estiverem com camisetas brancas), ou até mesmo uma espada adaptada com jornal e tinta guache.

Adaptação - Deficiência física

Durante as atividades, o jovem com deficiência não precisa ficar no papel de observador, mas pode participar ativamente. Ainda assim, nos momentos que a participação dele não for possível, explique a situação sem desmotivá-lo e trabalhe outros aspectos importantes na luta, como o debate.

Esgrima - Jornal

Construção de florete e colete para a Esgrima

Materiais: jornal, fita adesiva, papelão, tinta guache não tóxica de várias cores e barbante.

Desenvolvimento: com o jornal e a fita adesiva faz-se o florete da seguinte maneira:

1. enrole o jornal para que ele tome uma forma cilíndrica. Se o jornal amassar facilmente, enrole outras folhas e prenda-o com fita adesiva.

2. Em uma ponta, peça ao aluno que meça a empunhadura do florete com a sua própria mão e prenda-o com fita adesiva.

3. Enrole o papelão em volta do tronco do aluno e prenda-o com barbante.
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quinta-feira, 9 de abril de 2020

Pilates no solo x Pilates nos equipamentos: qual mais efetivo?


Um dos principais motivos do método Pilates ser muito popular, é aumento da qualidade de vida que sua prática proporciona aos seus adeptos. E dentro do método existe diversas modalidades, a que vamos falar hoje é o Pilates solo ou Mat Pilates.

Basicamente, o Pilates solo se baseia em exercícios sem ajuda de molas, cama e equipamentos em geral que auxiliam na prática dos movimentos, esse método depende única e exclusivamente da força do próprio corpo para realizar os exercícios. No pilates solo você depende intimamente da força do seu corpo e da sua capacidade de se equilibrar sem precisar do suporte de nenhum tipo de equipamento. Graças a essas características, muitos especialistas consideram a prática desse tipo de pilates mais pesada do que a prática tradicional.

Clique aqui e veja materiais para o estudo do Pilates
 

A prática do Pilates solo incentiva muito mais a utilização do corpo – e também o seu próprio conhecimento de limites e resistências pessoais – para trazer os resultados desejados do que a técnica tradicional desse exercício. Por isso é possível perceber que o pilates solo é um treino forte, que exige muito do seu alongamento, do seu esforço físico e muscular, mas que também traz resultados mais rápidos para quem opta por essa prática.

Outra grande vantagem do Pilates solo é que ele é uma prática livre, pois independe de equipamentos e outros materiais para ser realizadas, permitindo que o indivíduo se adapte melhor aos exercícios propostos pelo professor, dentro de suas próprias limitações. Isso também garante mais prazer e diversão durante a atividade.

Os corpos de quem pratica o pilates solo são considerados mais fortes, flexíveis e até mesmo saudáveis. Observa-se uma importante melhora na postura corporal e também na eficiência durante a prática do exercício.

Com a técnica do Mat Pilates, os músculos são trabalhados duplamente, sendo tonificados e alongados ao mesmo tempo, assim, os praticantes se articulam por igual alcançando diversos benefícios ao longo das aulas. 

O MAT pilates que fundamenta o trabalho do pilates nos equipamentos. A genialidade do Método Pilates é que: seja no solo ou nos equipamentos, podemos realizar a regressão ou a progressão de um exercício de acordo com a necessidade e os objetivos do praticante. 

Adote o Pilates no solo e ganhe desempenho no Pilates.
 
Dominar a avaliação no Pilates vai trazer uma maior eficiência no planejamento do trabalho do profissional.

Um guia que traz o passo a passo de uma boa avaliação no Pilates, tanto no solo (mat pilates), quanto nos aparelhos. Com ele, você vai aprender a saber o nível de capacidade do aluno, descobrir suas dificuldades e o que precisa trabalhar para chegar ao objetivo mais rápido e entregar o melhor resultado possível. Clique aqui e saiba mais 
 

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quarta-feira, 8 de abril de 2020

3 pontos para o ensino do Esporte Coletivo na Escola



Remetendo aos seus praticantes saúde, entretenimento e lazer, o esporte cumpre uma função social cada vez mais importante. A prática de atividades esportivas desde a infância trás benefícios para toda a vida e evita problemas que podem vir a aparecer somente na fase adulta
Os desportos coletivos realizados nas nossas escolas devem ser baseados em três pontos de apoio:

- "jogos situacionais" (construção de jogos de um modo que possa permitir à criança desenvolver elementos táticos, adquirindo uma capacidade geral de jogo e competência tática);

- "orientados para as habilidades" (ao exercitar diversos elementos comuns a todos os esportes coletivos, acredita-se que a criança irá adquirir uma base para o aprendizado de elementos técnicos específicos de determinados esportes, que poderão ser priorizados em um momento posterior. Entre estes elementos estão o controle dos ângulos, a regulação de aplicação da força, determinação do momento do passe, determinação das linhas de corrida e tempo da bola, oferecer-se, antecipação da direção do passe, antecipação defensiva e a observação dos deslocamentos.

- "orientados para as capacidades coordenativas" (o professor deve apresentar aos alunos diferentes estímulos informacionais (variabilidade) de natureza eferente (coordenação motora grossa e coordenação motora fina) e de natureza aferente (óptico, tátil, vestibular, acústico e cinestésico).

Além da variabilidade de estímulos, o professor deverá levar em consideração que as atividades deverão ser executadas dentro de certas condições de pressão. São elas: pressão temporal, pressão de precisão, pressão de complexidade, pressão de organização, pressão de variabilidade, pressão de carga, porém precisamos ter o cuidado de não colocarmos todas estas condições de pressão, acima citadas, em uma mesma atividade para um aluno que está na iniciação esportiva.

O processo de ensino-aprendizagem deve estar voltado para o conhecimento dos aspectos básicos e mais gerais da modalidade, buscando-se atividades concretas e muito próximas à realidade de um jogo. Não cabe na iniciação um detalhamento de regras e táticas muitas vezes ainda incompreensíveis e dificilmente executáveis pelas crianças
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