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A importância da musculação para as pessoas

 

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Ao longo dos anos, resultados de diversos centros de pesquisas internacionais têm apontado para o acentuado declínio de massa muscular que é decorrente com o envelhecimento. A perda de massa e força muscular, à medida que envelhecemos, é potencialmente debilitante e pode dificultar a nossa capacidade de realizar algumas das atividades funcionais mais básicas, como por exemplo, caminhar, subir degraus, ou simplesmente levantar-se de uma cadeira.

Em conversa pelo telefone com o Dr. Stephen Roth, que é fisiologista do exercício da University of Maryland, foi relatado que aproximadamente após os 45 ou 50 anos, as pessoas (homens e muheres), perdem cerca de 10% de massa muscular a cada década.

No entanto, dentro deste quadro desfavorável há uma perspectiva positiva. De fato, uma importante forma de atividade física que é muitas vezes esquecida não só entre  segmentos da população em geral, mas também dentro de alguns círculos desportivos profissionais, são os programas de musculação. Assim sendo, as pesquisas que apontam para os benefícios fisiológicos que decorrem após a iniciação desta atividade são fascinantes, e podem dar esperanças para as pessoas encararem a terceira idade com maior grau de otimismo.

Dessa forma, o programa de musculação bem planejado dentro de um grupo de atletas de elite oferece benefícios fisiológicos, entre eles, o desenvolvimento da potência máxima, de força, da resistência muscular e da prevenção de lesões, que são mais do que reconhecidos dentro da área da fisiologia do exercício. As mesmas vantagens podem também ser acarretadas por outros grupos de praticantes.

"Notavelmente, um programa de musculação bem estruturado realizado até mesmo num curto período de tempo como por exemplo de 3 a 4 meses pode inicialmente ajudar tanto os homens como as mulheres a recuperarem 10% de suas perdas de massa muscular", afirmou o fisiologista Roth.

Seria importante notar que a magnitude significativa desta recuperação de massa muscular acontece somente no início do programa. No entanto, segundo o Dr. Roth, caso o indivíduo continue com a pratica da modalidade, a sua perda a cada dez anos será significativamente menor do que a de um não praticante.

De acordo com a revisão da literatura científica realizada pela Dra. Chiung-ju Liu publicada na Cochrane Database of Systematic Reviews (uma organização independente conhecida pelos seus altos padrões de integridade científica), que analisou 121 estudos, concluiu que o treinamento de força de resistência progressiva (PRT), foi de fato uma intervenção eficaz na melhora da função física das pessoas com mais idade, incluindo uma maior capacidade de força e também o desempenho de atividades tanto simples como as mais complexas.

Desse modo, como o trabalho de musculação age como um antídoto contra os declínios da força muscular, que é um dos fatores que predispõe os idosos a um maior risco de quedas, que consequentemente podem ocasionar lesões graves (como por exemplo a fratura do quadril), ele deveria ter uma função primordial no dia a dia das pessoas. De fato, tal modalidade física pode ser um elemento valioso dentro de um plano de prevenções de quedas.

Em conversa pelo telefone eu perguntei ao Dr. Christian Thompson, especialista em programas de prevenções de quedas da University of San Francisco, sobre a importância da musculação para a população idosa que corre o risco de sofrer lesões decorrentes das quedas.

"Provas científicas demostram claramente que um programa de musculação, quando administrado lado a lado de um eficaz programa de equilíbrio dinâmico, pode diminuir a incidência de quedas em idosos", disse Thompson.

Além disso, os benefícios que resultam de tal atividade física não são apenas específicos à recuperação da massa múscular.

Segundo o Dr. Roth, "Há muitos estudos que demonstram que a musculação, praticada por pessoas de diversas idades, incluindo até mesmo as com idades mais avançadas, é capaz de manter a densidade mineral óssea de forma mais eficiente, tem melhor resultado nos parâmetros de composição corporal e melhora o quadro de pessoas diagnosticadas com o pré-diabetes."

Quase no final da nossa entrevista, eu pedi ao Dr. Roth para dar aos nossos leitores uma idéia mais específica sobre as perdas anuais de massa muscular de uma pessoa de terceira idade que pratica a musculação em comparação a uma que não seja praticante de tal modalidade.

"Eu não sei se temos dados precisos sobre isso, mas me arrisco a supor que alguém que começou o treinamento de força no início dos seus 50 ou 60 anos, após o ganho inicial de 10% terá perdas de somente 2 a 3 % ao longo de uma década, em comparação com alguém que não seja adepto da prática de musculação", ele concluiu.

Com base nisso, o fato de que esta atividade ainda seja pouco praticada pela a maioria da população idosa, apesar de diversos estudos apontarem para os benefícios fisiológicos há muitos anos, é de fato curioso. Além disso, que ela ainda seja resistida por muitos até mesmo dentro de alguns círculos desportivos profissionais, é um afronto ao bom senso. Atrevo-me a dizer que todos os indivíduos com mais de 50 anos, que possuem atestados médicos e estão aptos à prática da atividade física sem restrições, devem incorporar um programa sensato de musculação em sua rotina semanal, a fim de obter uma melhor qualidade de vida durante a terceira idade.

 



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