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Como a academia deve agir em caso de eventualidades.


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Acidentes são imprevisíveis e podem acontecer em qualquer lugar e com qualquer pessoa. Dessa forma, preveni-los é essencial para não ser pego na surpresa quando eles acontecem. Nas academias, uma das principais formas de evitar complicações quando uma eventualidade acontece é treinar os profissionais para saberem como agir no caso de primeiros socorros na academia, além de manter equipamentos e acessórios necessários a um primeiro atendimento eficiente.

Primeiros socorros na academia: como socorrer um aluno com parada cardiorrespiratórias

Profissional de Educação Física, engenheiro civil e de segurança do trabalho e primeiro tenente do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, Alexandre Resende conta que os principais acidentes que já viu acontecerem em academias são paradas cardiorrespiratórias decorrentes de arritmia; hipoglicemia e desmaio por causa de regime ou baixo consumo de calorias associado ao exercício físico; diabetes que pode ser agravado por um consumo exagerado de energia na academia; desmaios e convulsões; traumas diversos que podem ser causados por queda de anilhas, barras e outros equipamentos; e luxações, entorses, contusões e estiramentos musculares.

"Dentre as medidas de segurança que podem ser tomadas para os primeiros socorros em academias está ter um kit de primeiros socorros em local de fácil acesso, composto por uma prancha, cilindro de oxigênio com manômetro, materiais para curativos e imobilizações e, principalmente, um DEA (desfibrilador automático externo)", enumera Resende, que destaca que ainda é essencial que a empresa conte com pessoas habilitadas a operarem todos os materiais e equipamentos presentes no kit de primeiros socorros.



Lei obriga academias a oferecerem desfibriladores

Depois de outubro de 2004, quando o jogador de futebol Serginho teve uma parada cardíaca fatal durante um jogo do Campeonato Brasileiro, diversos estados e municípios criaram leis que regulamentam a presença e uso do desfibrilador em ambientes de grande circulação pública. Na capital paulista, por exemplo, a lei nº 13.945 obriga que todo local com circulação média de 1.500 pessoas por dia possua o equipamento em suas dependências, além de profissionais treinados a usá-lo.

"Havendo a presença de uma piscina, a academia deve ter acesso rápido a flutuadores. Todos os alunos devem realizar exames dermatológicos para o uso da piscina e, havendo um salva-vidas, que ele conheça os riscos que uma piscina envolve, como por exemplo, o trauma de cervical por bater a cabeça no fundo, além dos diferentes graus de afogamento e recuperação de afogados", afirma o primeiro tenente.

Em alguns estados, como o Rio de Janeiro, o decreto n.º 4.447, de 1981, prevê que as academias de ginástica que oferecem atividades em piscinas de uso coletivo devem providenciar o registro no Grupamento Marítimo do Corpo de Bombeiros – exigência que varia de estado para estado, "da mesma forma que o entendimento de que uma piscina de 36 m² deve ter um salva-vidas a disposição, mas de acordo com meu entendimento, uma academia responsável deveria manter pelo menos um salva-vidas a disposição na piscina", opina Alexandre Resende.

A ausência de meios de realizar os primeiros socorros na academia, a falta de profissionais treinados a realiza-los e o retardo no atendimento por falta de orientação aos funcionários como recepcionistas, seguranças, professores etc, que poderiam acionar o socorro público, são listados por Resende como os erros mais comuns cometidos pela falta de preparo das instituições para lidar com os acidentes que podem acontecer em suas dependências.


Primeiros socorros na academia: questão legal

Deixar ou demorar a prestar o socorro a alguma pessoa também configura crime, segundo o artigo 135 do Código Penal brasileiro, com pena que varia de um a seis meses de detenção ou multa. Dessa forma, além de prestar a primeira assistência na academia, cabe ao gestor e sua equipe chamar socorro público, como o resgate do Corpo de Bombeiros ou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) para atender a vítima.

Quanto à regulamentação e fiscalização das academias quanto à prestação de primeiros socorros na academia, há leis que variam em cada estado e município e, por isso, cabe ao gestor buscar informações a respeito do assunto para manter seu estabelecimento em ordem, prevenindo dores de cabeça. "Desconheço uma lei que obriga a presença de um médico ou enfermeiro dentro da academia. Fica a critério do gestor colocar um serviço médico a disposição de seus clientes. Portanto, o nível de socorro e assistência depende do que é ofertado pela academia", diz Resende.

A aptidão do profissional de Educação Física a prestar assistência em casos de emergência, apenas com os ensinamentos da universidade, "depende de quem foi o responsável pelo treinamento e depende, principalmente, da atenção que o profissional de Educação Física deu à matéria durante o curso", determina o primeiro tenente, que destaca: "o profissional de Educação Física pode realizar cursos de suporte básico à vida e de reanimação cardiopulmonar e pode realizar cursos livres para a área de emergência médica e atendimento pré-hospitalar. Hoje já temos cursos em nível de pós-graduação em emergências médicas para a área da saúde".

Alexandre Resende orienta que qualquer prestador de serviço ao público deve prever um sistema de atendimento pré-hospitalar, como equipamentos mínimos para garantir um primeiro socorro adequado e imediato até a chegada dos órgãos públicos, "além disso, que fosse exigido, obrigatoriamente nos exames médicos de aptidão física, pelo menos um teste de esforço físico, como ergoespirométrico ou ergométrico de esforço".

Por Jornalismo Portal EF


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