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As dificuldades do uso das brincadeiras infantis e brinquedos cantados na Educação Física


Quando falamos em brinquedos cantados, é díficil uma pessoa não dar vários exemplos deles. Eles fizeram parte da nossa infância, farão parte da infância dos nossos filhos e netos. E o reconhecimento da importância das brincadeiras e brinquedos cantados para a saúde mental e evolução da espécie humana propulsiona a criação de oportunidades de vivências antecipadas, estratégias para superação de dificuldades inerentes e desenvolvimento das faculdades mentais superiores. Na escola, tudo isso não ocorre sem dificuldades, exigindo do professor de Educação Física competências e habilidades para planejar estratégias de superação dos obstáculos pedagógicos, culturais e econômicos. O uso dessas brincadeiras infantis e brinquedos cantados é um maravilho instrumento de trabalho.

Uma das dificuldades correntes no trabalho, de natureza socioeconômica, faz com que as crianças atendidas construam um imaginário de superação mágica das dificuldades financeiras da família, através da escolha de um esporte que lhes garanta ascensão: o futebol. A falta de condições para o exercício desse esporte faz com que haja um deslocamento da opção esportiva para a modalidade futsal.

Na dança e na música, maior dificuldade se refere à concentração ou fixação pelo forró e suingueira, que impede conhecimento divergente. Essa opção tem interferência cultural com deslocamento ao fator econômico, já que socialmente são mais valorizadas as danças sensuais.

Nas brincadeiras em geral, sobressaem-se dificuldade interacionais. Nos jogos grupais alunos apresentam atitudes individualistas que antes de ser característica filogenética ou aspectos críticos das fases do desenvolvimento, tem nuances de aprendizagens nos comportamentos adultos. Nos brinquedos cantados, as dificuldades de interação se avultam em atitudes simples como pegar na mão do colega para caracterização de um círculo, compartilhar um objeto de uso coletivo, ou paridade em passo de dança, caracterizando-se aspecto pedagógico.

As dificuldades ora apontadas e outras que não desmerecem cuidados mostram a necessidade de investimento na adoção de estratégicas para a afirmação de relações equilibradas entre educandos, baseadas na reverência às características físicas e do desempenho de si próprio e dos outros; respeito mútuo, dignidade, solidariedade e repúdio à violência nas práticas de cultura do movimento; percepção do educador sobre manifestações culturais mas também na necessidade de ampliação do conhecimento diverso, além do compromisso em reivindicar condições adequadas para o exercício pleno desta área de conhecimento que exige igualdade de importância no currículo escolar.

As dificuldades encontradas no exercício da docência não se sobrepõem aos avanços conseguidos nos aspectos cognitivos do aluno relativos ao corpo e movimento, pelo uso da interdisciplinaridade mediadora da inclusão dos temas transversais nas práticas pedagógicas da área denominada Cultura Corporal, ampliando as interações sociais e relação homem-meio. O resultado tem sido uma projeção da formação cidadã, através da construção, internalização e socialização de valores sociais morais, éticos e estéticos, favorecendo uma melhoria da aprendizagem nas diversas disciplinas. A investigação desses avanços, formas, estratégias utilizadas e outras especificidades deverão ser objeto de estudos posteriores.



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