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O profissional de Educação Física e sua atuação na saúde publica

 

   Pesquisas atuais nos mostram que muitas pessoas praticam AF, no entanto, nem sempre com a orientação de profissionais de Educação Física. Essa prática inadequada pode piorar ainda mais os riscos de doenças, provocando sérios problemas aos praticantes. Isso prova o quanto é importante o acompanhamento de um profissional na realização dessas práticas.

    Stein (2009) analisa a situação do processo saúde-doença, discutindo a preocupação para o desenvolvimento de um trabalho voltado à prevenção, por meio da educação e afirma que, para se ter alcance preventivo é necessário compreender os três níveis de prevenção, que são apresentados pela medicina como a prevenção primária; secundária e terciária. A autora registra ainda que a Educação Física está presente neste processo da seguinte forma:

    Na prevenção primária a Educação Física pode atuar desenvolvendo ações que apresentem regras sadias de vida, tanto fisiológica quanto psicológica, como atividades prazerosas. Ela deve intervir antes que surja algum problema, visando uma educação para a saúde. Na secundária, ela pode atuar no prolongamento da prevenção primária, se esta não alcançar os objetivos pretendidos; e na prevenção terciária, já atuaria no encaminhamento aos especialistas para o tratamento e ou reabilitação das doenças. (STEIN, 209)

    Constata-se que o papel da Educação Física é de grande valia e de suma importância para o Programa de Saúde da Família, uma vez que, por meio de uma grande variedade de ações a serem desenvolvidas, a atividade física, por si só, já desempenha um acréscimo à saúde e à qualidade de vida. Por meio de palestras, jogos, brincadeiras e ginásticas, é possível chegar ao bem-estar, a alegria e uma série de benefícios ao organismo.

    Segundo Dias et al (2007) o profissional de Educação Física, neste sentido, é fundamental, pois compete a ele coordenar, planejar, programar, supervisionar, dirigir, organizar, avaliar e executar todos os trabalhos e programas, realizar treinamentos especializados, participar de equipes multidisciplinares e interdisciplinares e elaborar informes técnicos, científicos e pedagógicos na área da prática de atividade física regular e do desporto.

    Entendemos que o Educador Físico, sendo o profissional especialista em atividades físicas em todas as suas manifestações como ginásticas, exercícios físicos, jogos, desportos, lutas, danças, entre outros, deve auxiliar no desenvolvimento da educação e saúde, contribuindo para a aquisição e/ou restabelecimento de níveis adequados de desempenho e condicionamento fisiocorporal das pessoas.

    A importância desse profissional pode ser avaliada pela responsabilidade que possui, uma vez que, um programa de exercícios mal elaborado, pode causar ao praticante hipoglicemia, sangramento na retina, perda de proteínas na urina, complicações cardíacas e até morte súbita, principalmente se o indivíduo for também hipertenso além de diabético. Os participantes devem ter seus níveis glicêmicos adequados para obter as vantagens proporcionadas pelo exercício, pois do contrário a probabilidade de riscos do exercício físico pode ser maior do que a de benefícios (DIAS et al, 2007).

    Ciampone e Peduzzi, citado por Quint et AL (2005), apresentam que se faz necessário refletir, com urgência, os campos e formas de efetiva inserção do profissional de Educação Física no sistema público de saúde, como no PSF, para a ampliação na intervenção deste nas ações multiprofissionais, construindo um pensar e fazer de alta complexidade de saberes.

Considerações finais

    A saúde pública refere-se à criação de ações político-governamentais que atenda às necessidades sociais de saúde, objetivando a organização de sistemas e serviços que atuem nos fatores do processo saúde-doença, buscando controlar a incidência de doenças na população, por meio de ações de vigilância e intervenções. Dentre os projetos que atendem a esses objetivos podemos citar o conjunto de profissionais do PSF, que presta serviços de acompanhamento à população. Dos casos que as equipes dão assistência, estão em grande parte os doentes crônicos, como os portadores de diabetes, hipertensão, estresse, obesidade, doenças respiratórias, doenças cardiovasculares, dentre outras.

    Boa parte destas doenças é causada pelo sedentarismo, provocada pela falta de exercício físico, uma vez que a tecnologia rouba o espaço dessa prática, ocasionando o surgimento de diversas doenças, podendo aumentar ou agravar o número de pessoas doentes, comprometendo ainda mais a sua qualidade de vida.

    Isso justifica a importância e a necessidade do profissional de Educação Física inserido nesse campo de trabalho. É ele a pessoa habilitada para desenvolver atividades adequadas para cada individuo, respeitando cuidadosamente os problemas identificados. Esse profissional é capaz de organizar, avaliar e, coordenar ações especializadas, e esses cuidados são imprescindíveis para um bom resultado, uma vez que realizados de forma inadequada, podem ocasionar resultados negativos como: lesões musculares, lesões articulares, fraturas ósseas, cansaço, dores musculares, alterações nos batimentos cardíacos, cefaléia e conseqüente aumento da pressão arterial.

    A orientação do profissional de educação física para a adequada prática de atividade física, promove inúmeros benefícios como: redução do risco de desenvolver doenças cardíacas coronárias e o risco do indivíduo morrer da mesma; redução da incidência de infarto; diminuição do colesterol; diminuição dos problemas de pressão arterial; redução da hipertensão e do risco de desenvolver diabetes, além de promover o bem estar psicológico, evitando os sentimentos de estresse do cotidiano e elevando a auto estima.

    Sabemos, no entanto, que o Brasil possui um grande número de pessoas inativas, e isso se dá por diversos fatores como falta de oportunidade (falta de lugar apropriado para a prática), falta de informações (não sabem de todos os benefícios que a atividade proporciona), falta de tempo (muitos compromissos cotidianos), valor aquisitivo insuficiente (para quem possui baixa renda, as prioridades passam a ser outras), dentre outros.

    Em nossas consultas bibliográficas, no cenário nacional observamos a existência de poucos estudos e isoladas presenças efetivas de profissionais ou ações de educação física nos serviços de saúde pública, constatando assim que ainda é pequeno o reconhecimento e a inserção deste profissional nesta área.

    Ao analisar essa realidade, fica evidente que, além da conscientização, se faz necessário uma grande mudança de hábitos das pessoas e, ao mesmo tempo, iniciativas dos órgãos governamentais na criação de novos projetos ou expansão dos que já existem, resultando uma melhor qualidade de vida da população e maior economia da renda pública, reduzindo os gastos com medicamentos e assistências de recuperação emergenciais.

Veja o trabalho completo aqui



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